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AQUI NÃO SE NEGOCIA SALÁRIO

Em meados de 2015, a ex-CEO da rede social Reddit Ellen Pao tomou uma decisão inusitada para tentar reduzir o gap entre os salários de homens e mulheres: não haveria mais negociação salarial nas contratações. É o que está na oferta e pronto!


Foto de Marcelo Dias no Pexels

Para ela, os homens têm um histórico de negociar salários mais duramente e isso acaba acentuando a disparidade. Além disso, uma série de estudos mostrou que mulheres que negociam seus salários não são bem vistas nos ambientes corporativos.


Embora a intenção fosse admirável, a execução falha por algumas razões:


  1. O problema não são as mulheres. Ao proibir as negociações passa-se a ideia de que as mulheres não sabem negociar e, por isso, precisam ser protegidas. Este tipo de visão é que precisa mudar para que não se olhe de forma diferente para as mulheres que efetivamente negociam - e negociam bem!

  2. Negociar não é competir. Não existe uma disputa para ver quem consegue um salário melhor e, por isso, não há vencedores nem perdedores. Salários devem refletir níveis de entrega e de responsabilidades - e não forçar uma igualdade que não existe, independentemente de gênero.

  3. Igualdade não é bom sempre. Variações salariais refletem o grau de maturidade dos profissionais que não é homogêneo, mesmo dentro de uma mesma função. Diferenças permitem trocas de experiências e crescimento para todos. Fora, é claro, a questão da motivação.


Em muitas situações, realmente, uma regra padrão evita distorções e ajuda a ter um ambiente mais homogêneo, sem grandes variações. Mas será que isso é o ideal para um local de trabalho?


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